O projeto “Vozes do Brejinho” nasce como um grito ancestral que rompe o silêncio imposto pela colonização, pelo apagamento cultural e pelas consequências da implantação da Usina Hidrelétrica de Itaparica, que varreu do mapa não apenas as casas da comunidade ribeirinha de Brejinho da Serra, mas também seus rituais, crenças e memórias. Diante desse cenário de perda e resistência, o plano de difusão do projeto se apresenta como uma estratégia vital para amplificar vozes que há séculos foram silenciadas.
A proposta inclui a criação de um site e o uso intensivo de redes sociais – Facebook, Instagram e YouTube – para compartilhar conteúdos educativos, depoimentos, registros históricos, oficinas e eventos culturais. As ações serão registradas e transmitidas ao vivo diretamente da associação da comunidade, permitindo o acesso remoto e garantindo que a cultura do Brejinho da Serra ultrapasse barreiras geográficas. Serão realizadas campanhas nas redes, boletins informativos e colaborações com a mídia local, fortalecendo o alcance do projeto e consolidando sua presença no imaginário regional e estadual.
Todos os materiais produzidos serão acessíveis, com legendas e tradução simultânea, de modo a incluir pessoas com deficiência auditiva e de diferentes contextos linguísticos, promovendo não só a acessibilidade, mas o respeito à pluralidade cultural.
A liderança deste processo estará nas mãos de Cheila Batista, mulher indígena e guardiã da memória viva de seu povo. Sua condução transcende a gestão: é um ato de amor e resistência. Sob sua orientação, o projeto não será apenas uma ação cultural, mas um verdadeiro renascimento para a comunidade.
Mais do que visibilidade, a difusão do “Vozes do Brejinho” representa um contra-ataque ao esquecimento. A cada clique, visualização ou compartilhamento, estaremos reafirmando que o povo do Brejinho da Serra está vivo, presente, e tem muito a ensinar. O projeto ecoará como um farol para outras comunidades indígenas, mostrando que resistir é possível quando se tem voz, identidade e coragem.
